Consultório

20.1.10

Dependência – critérios:
- compulsão ao consumo (desejo incontrolável de consumir)
- aumento da tolerância (aumento de doses maiores para o mesmo efeito)
- síndrome de abstinência (sintomas quando a cessação do consumo)
- alívio ou evitação da abstinência pelo aumento do consumo (consumo como alívio da abstinência)
- relevância do consumo (consumo como prioridade)
- estreitamento ou empobrecimento do repertório (perda das referências internas e externas – passar a usar no trabalho, por exemplo)
- reinstalação da síndrome de dependência (ressurgimento dos sintomas de abstinência após um período de abstinências) 

. . . Nenhum padrão de consumo está isento de riscos! O consumo quase sempre vem acompanhado de complicações (acidentes, brigas, perda de compromissos)
. . . Entre o bebedor social e o dependente incontrolável há inúmeros padrões de consumo.

Dependência – critérios DSMIV:
- padrão mal adaptativo com prejuízo em 03 ou mais dos critérios abaixo no período de 12 meses:
1. tolerância por necessidade de maiores quantidades ou por acentuada redução do efeito com a mesma quantidade de consumo.
2. Abstinencia caracterizada por sindrome de abstinencia ou para aliviar ou evitar sintomas de abstinência.
3. Quantidade maior consumida por período mais longo que o pretendido
4. Desejo persistente e esforços mal sucedidos para controlar
5. Muito tempo gasto na obtenção, utilização ou recuperação de seus efeitos
6. Abandono de atividades sociais em função do consumo
7. Uso continuado apesar de saber sobre os danos


Dependencia – critérios CID X:
- 03 ou mais dos seguintes requisitos em algum momento do ano anterior:
1. forte desejo ou compulsão
2. dificuldade em controlar o consumo
3. tolerância evidente
4. abandono de outros prazeres
5. persiste no uso apesar de saber sobre os riscos
Critérios para internação em Dependência Química . . . 

  • presença de comorbidades psiquiátricas graves
  • presença de complicações clínicas
  • perda de suporte social e/ou familiar
  • fracasso do ambulatorial associado ou não a complicações sociais 
  • risco para si e/ou outras pessoas
A entrevista inicial é o início, o primeiro contato, o contato do paciente consigo mesmo através do terapeuta. Um tipo de ação que venha do terapeuta terá influência direta sobre a resistência do paciente, por exemplo. Uma anamnese seguida com perguntas fechadas, por exemplo, não deixará fluir a entrevista. O terapeuta precisa das respostas, mas deve deixar o paciente à vontade para respondê-las. A primeira entrevista faz parte de todo o processo. Não basta só escutar com os ouvidos, mas uma escuta clínica que conduz à reflexão e que “segura” o paciente na primeira etapa do processo para que possam ir além com sucesso, ambos, terapeuta e paciente, cada no seu lugar.
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